quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

De mala e cuia



Se foi do mesmo jeito que chegou: de repente. A chegada uma surpresa, eu não sabia que viria. Na estadia, a certeza do que já previa. Os anjos não se batiam, se acariciavam.
Apertos de mão, troca de olhares, palavras soltas, motivação e gargalhadas marcaram. A cada batida de palma, um susto. Mais do que isso, uma mensagem: “acorda, vai ser feliz”.
Os 30 dias de presença não passaram, correram. As horas passeavam a metrô, os dias viajavam a trem bala. Cada minuto se tornava essencial, era momento de aproveitar. O tic-tac do relógio de ponteiro e o apito, avisando hora certa do relógio digital, mandavam a mensagem do passar de tempo. Era momento de aproveitar e memorizar cada momento.
Em meio a tanto desespero e avisos, promessas foram feitas. Dentre elas, a mais importante: “vamos ser para sempre”. O tempo estava acabando, o dia chegando. O calendário informava o dia, a mente captava a mensagem e a cabeça pirava. Os segundos se tornaram significativos. Era momento de aproveitar, memorizar e adorar cada momento.
O dia chegou. A ida foi necessária. Os sorrisos foram acompanhados de lágrimas. O brilho nos olhos me avisava que era hora de “shine forever”. A batida no coração me mostrava que cada momento foi suficiente para jamais esquecer um só minuto.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sexo e amor – Amor e sexo


   Transar, foder, comer, chupar, gemer. Estas foram algumas palavras que encontrei ao pesquisar no google: “Palavras que remetem a sexo”. Palavras estas que são fortes, feias, mas que são muito usadas, até eu mesmo usei.
   Não vou dizer todas as pessoas, mas a maioria delas pensa em sexo, transar, comer, chupar, gemer, foder. Só isso e nada mais. Transar e ir embora.
   Respeito, paz, dedicação, futuro. Estas foram algumas palavras que encontrei ao pesquisar no google: “Palavras que remetem a amor”. Palavras estas que são fortes, lindas, mas que são pouco usadas, até eu mesmo usei.
   A existência do amor é tão discutida nos dias atuais. As palavras respeito, dedicação, paz, são as menos utilizadas no quesito amor. Hoje quando se diz esta palavra, logo vem à mente a tal da DECEPÇÃO.
   Vários inocentes sofrem de ‘decepção’ no ‘amor’. E aí passam a ‘trepar’ porque não acreditam que exista ‘amor’. Sabem o que é o sexo? Um momento de prazer passageiro, de no máximo 2 horas, isso se for muito bom. Ao fim da gozada, acabou o prazer.
   Sabem o que é o amor? Um momento de prazer que, quando verdadeiramente encontrado, dura toda a sua vida. Com ele você não só geme de prazer, como chora de alegria. E mais, sabe o que é melhor entre o ‘amor’ e o ‘sexo’? Quando você faz o sexo com amor.
   Acredite no amor, ele existe. A decepção aparece para te mostrar que você ainda não encontrou seu amor verdadeiro, mas que ele existe e você deve lutar por ele. Esqueça esse negócio de ‘correntes’ que você vai encontrar seu amor em 3 dias. Não acredite que ele vá aparecer na sua porta do nada.
   Para amar você deve, primeiro, se permitir a esse momento. E, depois, perceber que o seu amor pode estar à sua volta. Não escolha por quem se apaixonar, simplesmente se apaixone. E você verá o quanto as coisas vão melhorar.

domingo, 23 de outubro de 2011

Tenho... saudade!


   Tenho tanta saudade de um tempo que talvez nem volte. Tempo esse que eu levantava às 5 e alguns minutos da manhã, me arrumava e esperava minha condução que passava às 6 e alguns minutos. Tempo esse em que desejava ir enfrentar os estudos, porque eu sabia que ia te ver.
   Tenho tanta saudade de um tempo em que passava poucos minutos longe de alguém tão especial e que ainda sentia falta. Lembro-me deste tempo com vontade de piscar os olhos e acordar nele.
   Recordo, em câmera lenta, de todos os circos e palhaços, Julie & Julia no cinema, de todas as itaipavas que não mais bebi, do karaokê que cantamos, do sofá que dormimos, da risada que demos da gargalhada do professor, do banho de chuva que tomei ao sair da sua casa e do intenso amor que vivemos em segredo.
   Falsos momentos e amores eu vivi depois. Nenhum deles completou a imensa saudade que sinto destas lembranças, que são maravilhosas e ao mesmo tempo dolorosas. Dolorosas por não voltarem mais.
   Eu sei que você talvez nem vá ler. Talvez nem se lembre de mim. Talvez nem se lembre dos dias mais felizes de minha vida. Você sumiu como uma areia vazando pelas mãos. Mesmo parecendo forte, eu me lembro de cada instante como se eu estivesse lembrando um sonho. Eu desejo a sua felicidade a cada segundo, a cada minuto, a cada hora que me recordo do seu rosto. Eu desejo encontrar alguém como você a cada segundo, a cada minuto, a cada hora que me dói lembrar o seu amor e não tê-lo mais.
   Quando algo é vivido de maneira especial e intensa, talvez nunca caia no esquecimento.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Carta do coração

   Vou abrir meu coração e dizer tudo aquilo que sinto. Sem dramas, sem emoções, apenas verdades que talvez precisam ser ditas e compreendidas.  Talvez eu nem precise ir a fundo, você já me conhece.

   Eu não preciso fechar meus olhos para lembrar todos os momentos que vivi, eu os vejo mesmo com os dois abertos. Ali mesmo já me envolvo como se estivesse vivendo naquele momento novamente.

   Para um relacionamento ser completo, ele precisa de momentos bons e ruins. Isso engloba risos, choros, brigas, abraços. Tudo conseqüência de amores, brincadeiras, imperfeições, erros. Essas variações podem fortalecer ou enfraquecer qualquer tipo de relacionamento, seja ele amoroso ou amigável. Nada muito além do normal.

   Meu coração é frágil, de sentimentos fortes e envolventes. Grande, de batidas comoventes e provocantes. Usado e abusado por aqueles que sabem aproveitar de compaixões verdadeiras. Por mais que tento me controlar, ele não me pergunta se pode acolher aquele ser que em minha vida acaba de entrar, simplesmente o abraça com tudo que lhe pode oferecer.

   Eu aprendi a amar as pessoas como se fosse a última vez que as visse. Ofertar a elas aquilo que eu conseguir dar.  Mas o meu coração me pede para procurar o mesmo para ele, como se ele me pedisse sangue para continuar batendo. E é por isso que, sem falar, preciso de um abraço completo, e é aí que eu ganho apenas a mão. E quando eu quero olhar você, eu ganho as costas.

   Muitas das vezes não sei como agir com as pessoas. Sempre faço o melhor por elas. O amor me ensinou isso. Aqueles que tenho próximo, que me apeguei e não sei mais separar, não posso perder.  O amor que tenho pelos ‘da casa’ é bem maior que os ‘da rua’, e o que é esperado deles é ainda maior e tudo se torna grande: as decepções, alegrias, tristezas e sorrisos.

   Eu me lembro de tudo aquilo que disse e não deixei de sentir. Meus olhos continuam brilhando, meu sorriso continua aparecendo e meu coração dificilmente irá parar de bater. Eu só preciso que quando eu pedir sua mão, me puxe e dê um abraço. Quando eu não mais quiser te ver, apareça na minha frente e diga que jamais vai sair dali.

   É isso que eu faria por vocês. E vocês sabem.

domingo, 14 de agosto de 2011

Pai


  
  Pai, eu não sei o que você sentiu, nos seus dezessete anos, ao saber que eu estava chegando. Eu não escolhi chegar naquele momento, mas não tive outra opção a não ser nascer.
 Eu não sei se atrapalhei sua adolescência, seus tempos de aproveitar a vida, mas eu precisei tanto do seu carinho, da sua presença, do seu calor. Eu precisei de você, quando você menos estava preparado para ser meu pai.
  Queria hoje lhe contar minhas histórias, sentar com você à mesa e ouvir suas experiências. Poder contar com seu apoio para o caminho que decidir seguir, mas você está tão distante pai, tanto em quilômetros quanto em amor.  Por que ainda não aprendemos a ser pai e filho, filho e pai?
  A minha alegria de chegar tão cedo em sua vida é a possibilidade que eu tenho de mais tempo passar ao seu lado. Mesmo depois de adulto, adoraria brincar de carrinho com você, construir túneis e estacionamentos para deixarmos nossas miniaturas paradas no terreiro da nossa casa. Eu queria aprender a dirigir com você, fazermos loucuras que todo pai faz com um filho.
  Pai, eu desejei tanto ficar até tarde fora de casa e receber uma ligação tua para saber a que horas iria chegar. Com certeza, após desligar o telefone, eu iria falar que você é um saco, mas eu sentiria o que é ter um pai “chato”.
  Querido pai, eu também quero ter um filho. Eu vou ser chato. Vou querer saber aonde ele vai, o que ele vai fazer, com quem ele vai e a que horas volta. Além do mais, se não voltar no horário combinado, eu vou dar um puxão de orelha.
  Se eu realmente tiver um filho e eu for assim com ele, pai, você acha que ele vai me amar como eu te amo, mesmo que não tenha feito isso comigo? Ou será que ele vai preferir que eu só tenha o feito e apenas ser o pai dele?
   Eu te amo pai.