sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Carta do coração

   Vou abrir meu coração e dizer tudo aquilo que sinto. Sem dramas, sem emoções, apenas verdades que talvez precisam ser ditas e compreendidas.  Talvez eu nem precise ir a fundo, você já me conhece.

   Eu não preciso fechar meus olhos para lembrar todos os momentos que vivi, eu os vejo mesmo com os dois abertos. Ali mesmo já me envolvo como se estivesse vivendo naquele momento novamente.

   Para um relacionamento ser completo, ele precisa de momentos bons e ruins. Isso engloba risos, choros, brigas, abraços. Tudo conseqüência de amores, brincadeiras, imperfeições, erros. Essas variações podem fortalecer ou enfraquecer qualquer tipo de relacionamento, seja ele amoroso ou amigável. Nada muito além do normal.

   Meu coração é frágil, de sentimentos fortes e envolventes. Grande, de batidas comoventes e provocantes. Usado e abusado por aqueles que sabem aproveitar de compaixões verdadeiras. Por mais que tento me controlar, ele não me pergunta se pode acolher aquele ser que em minha vida acaba de entrar, simplesmente o abraça com tudo que lhe pode oferecer.

   Eu aprendi a amar as pessoas como se fosse a última vez que as visse. Ofertar a elas aquilo que eu conseguir dar.  Mas o meu coração me pede para procurar o mesmo para ele, como se ele me pedisse sangue para continuar batendo. E é por isso que, sem falar, preciso de um abraço completo, e é aí que eu ganho apenas a mão. E quando eu quero olhar você, eu ganho as costas.

   Muitas das vezes não sei como agir com as pessoas. Sempre faço o melhor por elas. O amor me ensinou isso. Aqueles que tenho próximo, que me apeguei e não sei mais separar, não posso perder.  O amor que tenho pelos ‘da casa’ é bem maior que os ‘da rua’, e o que é esperado deles é ainda maior e tudo se torna grande: as decepções, alegrias, tristezas e sorrisos.

   Eu me lembro de tudo aquilo que disse e não deixei de sentir. Meus olhos continuam brilhando, meu sorriso continua aparecendo e meu coração dificilmente irá parar de bater. Eu só preciso que quando eu pedir sua mão, me puxe e dê um abraço. Quando eu não mais quiser te ver, apareça na minha frente e diga que jamais vai sair dali.

   É isso que eu faria por vocês. E vocês sabem.

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