segunda-feira, 11 de abril de 2011

Doze

   Doze almas inocentes, doze crianças doces, doze famílias sofrendo pelo mesmo motivo, por um motivo que também já foi uma criança. Um ser humano que já esperou diversos “dozes” de outubro.

   Diversas crianças que estavam tentando apenas construir um futuro promissor, inocentes com alma de flor. Crianças que tinham família, que tinham os sentimentos mais puros e sinceros. Crianças estas que foram daqui para lá tragicamente, antes da hora, assassinadas por uma alma que, talvez, tenha sofrido quando na idade delas.

   Crianças felizes aqui e lá, crianças que chupavam pirulitos, comiam doces até lambrecar toda a roupa, que pulavam até se machucarem, que choravam para ganhar um brinquedo, que talvez apanhassem para serem corrigidos. Crianças normais. Crianças não mais, anjos.

Momento para decolar

   Dias de passado, dias como estes que me fazem perguntar: “quem é você?”, “o que você quer comigo?”, “por que eu me apaixonei por você?” e “quem é você?”, de novo. A vontade imensa de saber o que acontece com você, o que acontece comigo e o que acontece conosco está embaralhando todos os meus pensamentos.
   Venho buscando motivos, razões e modos de viver sem você. Estou tentando não me lembrar de você ao visitar os mesmos locais que visitamos juntos. Quero poder entrar num mesmo lugar em que você estiver e esquecer que você está ali. Estou precisando me distrair de você.
    Todas as vezes que nos envolvemos, para mim é como se não existisse nada no mundo, apenas eu e você. Cada beijo, cada abraço, cada calor que você me transmite, é único, especial e inesquecível.
   Eu não sei se eu queria que você soubesse disso, meu bem, mas estou sempre esperando o seu “oi”, estou sempre olhando o meu telefone para ver se você me liga, me manda uma mensagem, e me pego pensando se você se lembra de mim como eu me lembro de você.
   Depois da noite em que saímos e nos envolvemos eu sabia que você ia me ligar e me ligou como sempre fez. Como é especial o seu jeitinho, que sempre me encanta.
   E aqui estou eu sem saber quem é você, o que você quer comigo e como está se sentindo agora. Eu estou aqui apenas esperando uma reação sua, mais um momento com você, mais um minuto ao seu lado. Apenas querendo saber por que me apaixonei tanto por você, e por que isso ainda não acabou.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Espelho, espelho meu

   Nos últimos dias tenho me perguntado quem sou eu, o que eu tenho feito, por onde eu tenho andado. Às vezes me olho no espelho e logo pergunto: “Espelho, espelho meu, esse sou eu?”.

   Durante os passeios a pé, para espairecer, olho para a floresta ao meu lado e me pego pensando se tenho amigos e o que eles acham de mim. Analiso todas as pessoas caminhando ao meu lado, cada uma com um acompanhante. Olho e avalio como são entre si, as conversas, o jeito de ser de cada uma. Aplico em mim.

   Volto para casa querendo apenas ser alguém com um lugar reservado no mundo, ao lado de pessoas legais que não vão me deixar sozinho. Poder ser maduro o suficiente para não ter muitos amigos, mas amigos. Ser legal para não ficar sozinho. Ser amado para poder amar. Poder ter a chance de pegarem em minha mão e não querer largar jamais. Simplesmente descobrir quem sou eu, o que eu tenho feito, por onde eu tenho andado e quem eu vou ser daqui a alguns anos.