Eu estou num lugar com sentimentos que não posso sentir. Um amor existente dentro de mim que é proibido. Um sentimento que vai ser inútil, porque não vai ser compensado. Um afeto que não posso sentir, que não posso falar que estou sentindo, um afeto que veio não sei por que. Maldito afeto baldio.
Se já não bastasse ser um fracasso em tantos amores passados, me aparece esse agora que não posso nem sentir. Que eu não posso nem pelo menos dar uma pinta de que o sinto. Vai ter que ficar preso dentro de mim, e eu com vontade de expulsá-lo.
O pior é que eu não sentia, há muito tempo, como estou me sentindo. Então espere aí, se já não bastasse ser um fracasso em tantos amores passados, me aparece esse agora que não posso nem sentir e, ainda, veio de uma forma que eu não sentia há tanto tempo.
São desses afetos que você sente na adolescência. É como se fosse o primeiro amor, amor de pré. Amanhã, quando eu acordar, vou pensar que isso tudo foi uma bobagem imensa e ainda conseguir rir disso. Eu sei que isso não vai acontecer, falsidade minha comigo mesmo.
É uma coisa tão estranha, porque eu senti sabendo que não podia, e mais, sabendo que tudo isso um dia vai ter que acabar. E ainda falam que esse tal de amor proibido é bom, eu não acho. E nem é amor, é afeto. É diferente. É tipo desejar sem poder ter.

Nenhum comentário:
Postar um comentário